sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O microprocessador e as primeiras criações

Microprocessador ou Central Processing Unit, é conhecido como sendo o "cérebro" do computador e tem como função executar todos os cálculos e processamentos que são necessários com a excepção de casos especiais de cálculo matemático intensivo, cálculos esses que são executados com o apoio de um circuito especial, o coprocessador matemático. 

O microprocessador é um dispositivo de computação completo, fabricado num só chip. 
O primeiro microprocessador a ser fabricado foi o Intel 4004 e foi apresentado em 1971.
  O 4004 não era muito potente, pois executava simplesmente adições e subtracções, e somente a 4 bits de cada vez. 


O primeiro microprocessador que foi utilizado num computador pessoal foi o Intel 8080, um processador completo de 8 bits, apresentado também em 1971.


Paralelamente à Intel, também outras marcas desenvolveram os seus processadores, como, por exemplo, a Motorola, que em 1974 apresentou o 6800, um processador de 8 bits e com 4.000 transístores. O chip era fabricado segundo a tecnologia NMOS de 6 mícrons e necessitava de uma alimentação de somente 5 volts.

  
Ainda em 1974 apareceu o RCA 1802, capaz de trabalhar a uma velocidade impressionante de 6,4 MHz, tendo um desenho de 8 bits com um endereçamento de 16 bits. Era fabricado com tecnologia CMOS e continha registos de 16 bits que podiam ser acedidos com registos de 8 bits.

Em 1975, Faggin e Shima desenvolveram o Zilog Z80. Este processador era considerado um grande avanço sobre o 8080, trabalhava a 2,5 MHz e continha 8.500 transístores. O Z80 incorporava o primeiro sistema operativo standard para microprocessadores. Este processador foi o primeiro a ser utilizado em muitos sistemas pioneiros, como o Osborne, o Kaypro, o Spectrum, entre outros.



Voltando novamente à Intel, em 1978 foi apresentado o Intel 8086. Foi com ele que apareceu o conjunto de instruções x86, que ainda hoje subjuga o desenvolvimento dos processadores, devido à necessidade de manter uma compatibilização dos processadores actuais com software menos actual. Um dos grandes benefícios do 8086 era manter uma certa compatibilidade na linguagem Assembler com o seu antecessor 8080.


Em 1979, novamente a Intel apresentou o 8088, tendo assim como base o 8086. Era também um processador de 16 bits, mas tinha um barramento de dados de somente 8 bits, e manteve os 20 bits no barramento de endereços, tal como o 8086. Este processador trabalhava a ,477 MHz.






Ainda em 1979, a Motorola apresentou o 68000, um processador de 16 bits, que incluía um set de instruções de 32 bits. o 68000 tinha, no entanto, um barramento de endereços de 24 bits e um barramento de dados de 16 bits. Foi a plataforma usada em alguns dos primeiros sistemas de UNIX e foi usado pela Apple primeiro na Lisa e posteriormente no Macintosh. 


O avanço seguinte mais significativo nos microprocessadores veio em 1982 com o aparecimento do Intel 80286, a 16 bits. O i286, como ficou conhecido, permitia 1GB de memória virtual endereçável e tinha 130.00 transístores. Trabalhava a velocidades entre os 8 MHz e os 12 MHz, e aumentava em seis vezes a potência do 8086. Endereçava até 16 MB de memoria física, continha um barramento de endereços de 24 bits e um de dados de 16 bits.




Em 1985, a Intel lançou outro dos seus trunfos, o 80386, ou i836 como ficou conhecido. Este chip permitiu  a transição para a era moderna do computador pessoal.  O processador trabalha a velocidades entre os 16 MHz e os 25 MHz no 386SX e 20 MHz a 40 MHz no 386DX. Tem 4 GB de espaço de endereçamento e foi o primeiro da família Intel a suportar endereçamento linear.




Em 1993, a Intel lança o Pentium, o primeiro chip a incorporar uma arquitectura superescalar, na qual o seu desenho de pipeline duplo permitia a execução de duas instruções simultâneas. 
A sucessão do Pentium continua então com o desenvolvimento de muitos outros modelos que criaram a então evolução.

Sem comentários:

Enviar um comentário